O que somos ? Quem somos ? O que fazemos ? Porque passamos a ser assunto proibido ?
Porquê é que a o tempo parou tão cedo ?
A quando do primeiro choro, somos confrontados logo com a variável das variáveis, da qual não podemos escapar, a qual será sempre uma incógnita e a que muitos têm fobia só de pensar nela, já outros deixam que ela simplesmente apareça um dia sem avisar, e essa variável têm um nome, chamamos-lhe de “Morte”. Por isso cada indivíduo possuí sempre duas datas, quer queira quer não queira, a data do Nascimento e a data do “aqui jaz …” por muito que queiramos ou não estas são as nossas inevitáveis datas.
E quando rotulamos esta segunda data passamos a ser, quase, assunto “proibido” de entre os muitos que ficam para continuar a ver a história da Vida a rolar, porque na verdadeira essência para sermos imortais temos que alcançar o que muitas vezes é incansável, o incansável é uma coisa tão simples como o simples facto de deixar as verdadeiras marcas nas pessoas de quem realmente gostamos, as marcas que dificilmente serão re-escritas, as marcas dos momentos bem passados, as marcas dos enfados quando existem, as marcas das tristezas, mas no fundo do fundo falamos apenas numa simples marca que é o retrato do “dividir as tristezas e duplicar as alegrias”, e poderá parecer ser apenas um simples frase de uma coisa extremamente simples de se fazer, mas a sua simplicidade esconde a mais difícil tarefa que se incumbe no verdadeiro sentimento de se ser alguém especial para o outro, a tarefa é tão complicada que por isso se poderá afirmar que simplesmente é uma das tarefas que facilmente é incansável à maior parte da societas actual.
Mas à medida que nós, aqueles que continuamos a viver, continuamos a dar passos nesta Vida onde por mais que queiramos não conseguimos de trocar de lugar com aqueles já partiram e cuja a dor por mais adormecida que esteja, poderá haver sempre aquele dia em que nos deparamos com a realidade que não queremos confrontar e nesse dia a dor adormecida, reflorescerá e cairemos num amargo e doloroso dia passe o tempo que passar ela estará sempre aqui para nos recordar que aquele episódio realmente aconteceu nas nossas Vida, mas nestes dias resta-nos recordar as alegrias daqueles curtos momento que passamos juntos e vivere-mos na esperança que aqueles cujo as almas já partiram estão num sitio melhor a zelar por aqueles que amavam neste inferno que é o mundo terreno.
Com a Morte que com ela traz aquele espaço vazio nas Vidas dos que ficam, o Homem teve a necessidade de criar algo onde se pudesse “agarrar” nos tempos complicados, nos tempos em que a esperança de olhar em frente falta, e também nos momentos em que se necessita algo para aliviar a perda do calor de um corpo com o qual vivemos os mais diversos sentimentos desde as Alegrias até às Tristezas, passando pela indecisão, ou pelo pânico, ou até mesmo por tantos outros sentimento que nem sequer podem ser traduzidos por palavras, porque todo e qualquer sentimento simplesmente não conseguimos expressar em letras aquilo que sentimos; e esse algo que o Homem criou foi uma entidade suprema que os mais diversos povos e civilizações ao longo da história têm dado os mais diversos nomes, mas na generalidade chamamos-lhe de “Deus”, e esta suprema identidade faz com que o Homem consiga ter uma melhor sujeição da perda daquele corpo que não passa de isso mesmo um corpo inanimado, de um corpo onde a chama da vida foi apagada ou se apagou.
Mas, Hoje, o que é que significa a paragem desta complexa máquina ?
Com o actual pensamento da sociedade, Hoje, não precisamos que efectivamente o coração pare para morrermos, a sociedade todos os dias assassina uma data de gente, basta para isso um qualquer indivíduo ser minimamente diferente daquilo que são os padrões societários, falo por exemplo do Bulling , na minha óptica da Vida as pessoas devem buscar apenas e só uma única coisa a sua Felicidade e se formos altruístas buscar também a Felicidade dos outros sem receber nada em troca, mas infelizmente começo a acreditar que o altruísmo qualquer dia nem no dicionário constará, cada vez somos uma sociedade podre e como se diz na gíria popular um sociedade para “inglês ver”. Mas no aspecto físico quando a máquina principal decide parar, todos são “heróis”, todos são “boas pessoas”, todos eram “isto” ou “aquilo”, mas tudo isto no curto prazo porque não passará muito tempo para que as pessoas que já partiram sejam esquecidas e colocadas no panorama “Assunto Proibido”, porque a própria sociedade não está para “continuar a fantochada” da perda daquela pessoa, porque deixou de estar presente na Vida por isso não vale a pena. Na minha opinião nos dias que correm hoje já nem os heróis das massas são imortais, com a excepção daquele que transitaram de outras épocas onde a forma de pensamento era bem diferente, como é o caso por exemplo do Marquês de Pombal ou de Miguel de Cervantes, hoje na minha singela opinião, que conta o contará, mas é isso mesmo a minha opinião e a minha ordem ética pessoal, que talvez muitos a achem desenquadrada da sociedade de hoje, mas talvez seja isso que me permita ser diferente do mundo real de falsidade onde todos os dias a Vida me força a viver, sendo assim para mim os “heróis” da minha Vida serão sempre imortais dentro da minha cabeça e da minha memória, porque se são heróis foram pessoas que enquanto vivas foram diferentes de toda a sociedade com quem convivo diariamente, foram as pessoas que me permitiram chegar onde cheguei Hoje e com orgulho, rectifico, permitiram que chegássemos onde chegamos Hoje com um orgulho mutuo nos facto históricos e em todas as barreiras que atravessamos lado a lado, foram e são esses os heróis que permitiram e permitem que a minha vida tenha simples frase como por exemplo
“Enche-me a alma saber que estás feliz …”
que nos piores momentos dizem-nos tudo, é por isso que os heróis serão sempre imortais e acima de tudo insubstituíveis em qualquer sentido porque somos todos diferentes na maneira de pensar, mas por vezes nas mais diversas maneiras de agir conseguimos ser minimamente iguais e mantendo os padrões daquilo que é um sentimento complexo e que cuja a sua definição nunca será padronizada ou estandardizada.
Agora só resta uma coisa, quando alguém que tu “ames”* partir torna-a num heróis e não deixes que a tua memória a apague daquela que também é a tua história de Vida, que um dia alguém contará a outro alguém que por sinal poderá ser um teu filho. Não deixes que a TUA história também ela seja um VAZIO no tempo !
*Quando falo em “amor” falo no sentido lato da palavra !