O medo e o pânico tendem a petrificar as acções e a bloquear o raciocínio, e quando estamos num literal pânico somos capazes das acções mais animalescas que fazem parte da base genética do ser Humano, aquilo a que muitos se referem como sendo o instinto.
Mas em que situações poderemos nós ter Medo ou Pânico?
Nós temos Medo em tudo e mais alguma coisa, temos medo quando estamos perante um qualquer obstáculo ou calculo, ou quando estamos pura e simplesmente a dialogar com alguém! Alguns interrogar-se-ão porque escrevo esta última parte, mas a resposta é simplesmente complexa, é verdade que vivemos numa sociedade livre onde a liberdade de expressão é um direito mas também um dever, no entanto, Nós não queremos nem somos apologistas dessa liberdade em todos os sentidos, pois se o fosse-mos respeitaria-mos a regra basilar do respeito que é:
“A minha liberdade termina onde começa a do outro !”
parece simples, mas na Nossa Sociedade é tudo menos simples, e aos olhos de um qualquer leigo parece tão complexo como compreender toda a mecânica quântica do sistema de interligação bolsístico-financeiro. Somos um povo que vive sob a dimensão dos conceitos já construídos e enraizados na sociedade, aquilo a que vulgarmente denominamos com “preconceitos”, mas por outro lado Somos mentalidade que se revestem numa infinita quantidade de múltiplos tipos, os estereotipos, apenas e só com estas duas definições desenvolvo a pergunta, será que somos uma sociedade onde impera a liberdade de expressão e a liberdade de livre escolha ?
Os teóricos e os académicos dirão que não, os práticos aqueles que como “eu” vivem com os “pés” assentes neste planeta e que deambulam nas ruas perceberão que a visão é a contrária, aos Senhores Lentes, aos proclamados e às mentes que se auto consideram brilhantes como se o mundo girasse em torno do seu eixo, caberá sempre a sua palavra de dizer que sim pois vejamos não são eles próprios um dos grupos mais beneficiados com toda esta situação.
Hoje nesta sociedade que sofre de uma visão “cega”, por obrigação não pela escolha livre, impera não a Republica Democrática, mas sim a Democracia Imperialista, por um lado uns chamar-lhe-ão a “Mecânica dos Justos”, por outros, eu chamo-lhes o “Fluxo da Injustiça” e do silêncio forçado, tudo pelo poder ser concentrado com a faca numa mão e o queijo na outra sendo ambas pertencente ao mesmo corpo, até ao dia em que a verdadeira revolução seja feita no absoluto silêncio das ditas regras positivas da justiça, no final de todas as esquadrias os ângulos todos eles serão tortos e irregulares até ao dia em que um simples grupo de “alguéns” ponha a esquadria na marca certa.
Mas esses Medos impostos pelas diversas restrições não deveriam eles ser abolidos em definitivo deste sistema ?
Dever deviam, mas haverá alguém que conheça um sociedade justa em todos os quadrantes do astrolábio ? Pois talvez seja aqui que esteja a base da barreira para a aplicação prática das mais diversas teorias ! Não? Talvez?
No entanto quando aplicamos uma conversa fluída sem meta bloqueantes e sem objectivos finais, o resultado variará entre duas posições binárias, o tudo continuará na mesma ou o tudo será diferente a partir deste ponto, no entanto este segundo ponto dividir-se-á ainda em duas posições contraditórias, uma para o lado positivo, a outra para o lado negativo provocando uma fragilização ou total rotura entre as partes. Neste sentido a experiência que detenho na Vida leva-me a acreditar e a afirmar categóricamente que num restrito grupo de pessoas muito bem seleccionadas, as conversas sem barreiras e de discurso fluído, são as conversas que permitem que a Vida tenha e tome um normal curso na sua trajectória com um discernimento contrabalançado, são estes pequenos discursos que mantém a balança da Vida devidamente equilibrada, são elas os contra-pesos das frustrações e dos pontos negativos. Todavia, claro está, para chegar a estes pontos de fluidez nos discursos e nas construções retóricas sem qualquer restrição é necessária a base da Confiança nos actuais dias em que vivemos !