A Vida toda ela pode ser um recheio de segundas oportunidades, mas caberá sempre ao agente tomar a decisão de seguir aquele caminho que se vinca numa linha que será sempre vista como uma recta, e não como uma linha cheia de bifurcações onde a decisão pode ser recta ou alternativa, no entanto enquanto caminhamos por essa linha deveremos estar atentos às tais bifurcações, porque a mais pequena pedra ou buraco no meio do caminho poderá significar uma mudança, poderá significar a oportunidade única de fazer algo diferente e é aqui que muitas vezes se perde o enfoque das segundas e das terceiras e das mais variadas oportunidades que a Vida essa nos coloca pela frente e a nós bastará agarrar ou desperdiçar tais alternativas, sendo certo que nunca sabemos como será o fim da história. Faz hoje cerca de um ano que redigi um texto em que começava com a pergunta “Será que valeu a pena o esforço ?” e no final cheguei à conclusão que sim, que aquele ano tinha valido o esforço de caminhar e de tomar muitas alternativas onde muitos preferiram seguir o rebanho e rumar tudo para o mesmo lado como se não houvesse uma outra dianteira, ou como se não houvesse todo um oceano de oportunidades pela frente.
Numa retrospectiva genérica ao ano neste seu último dia, de mais um ano que passou ou de menos um que haveremos de passar, posso afirmar que acima de tudo foi mais um ano de seguir todas as oportunidades que me foram dadas para me expandir e desenvolver o meu potencial ao nível a que me pertence, basicamente foi o ano da decisão de continuar a viver limitado numa aldeia ou de expandir para os infinitos limites da cidade das sete colinas, sempre olhando para os prós e contras de tais decisões, em linguagem mais ligada à gestão económica foi tempo de fazer uma análise SWOT (Strengths Weaknesses Opportunities Threats). Como é rotina num qualquer estudante do ensino superior os piores meses de qualquer ano académico são os que correspondem às épocas em que se têm de mostrar as melhores capacidades de decorar textos para depois “chapar” nas folhas de exame e esquecer aquilo que já mais alguma vez interessou a alguém, no entanto as grande maioria da população universitária faz batota para não dizer fraude, que é uma palavra feia, segundo um estudo do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, 80% dos inquiridos admite o uso de materiais proibidos em sede de prova de examinação, valores que me levam a concordar com os resultados oficias da investigação dado que é recorrente ver as ditas “cabulas” nos exames nas mais diversas instituições de ensino que frequento e frequentei, mas o que importa mesmo é não se apanhado, é ou não é? pois no entanto fica a questão:
Serão as classificações das provas curriculares nas instituições de ensino fieis pendões das aptidões e das capacidades do examinado com uma taxa tão elevada de actividades fraudulentas ?
A resposta a esta questão é simples, a veracidade das notas não é minimamente demonstrada nos exames, dai defender uma política de avaliação continuada e acompanhada pelos docentes em sala de aula, porque quem têm mais dom de oratória e menos de escrita sairá sempre prejudicado com a avaliação por critério escrito e o caso contrário também é valido, é certo, mas a postura de uma prova de aferição de conhecimentos redigida a punho é substancialmente mais provável haver fraude ou tendência ao cometimento deste ilícito; dado que nas provas orais é por inverso e analogia escassa a probabilidade da prática deste tipo de meios pra a falsificação do conhecimento real da pessoa. Mas e porque falo de consciência tranquila, não julguem os demais que a finalização de licenciaturas ou mestrado com médias elevadas, médias superiores a 18 valores inclusive, abrem portas facilmente no mercado de trabalho porque tal é mito, haverá maior taxa de aceitação e empregabilidade nos candidatos medianos do que naqueles que se julgam génios por terem copiado à viva força nos exames. Bem mas estudando ou não, e copiando ou não, os meses de Janeiro, Fevereiro, Junho e Julho foram e são enfadonhos, porque nos dedicamos mais tempo da nossa vida ao papel dos livros do que ao papel da Vida social.
“… Os princípios e as normas de boa educação nunca ficam mal a ninguém …”
Mas como um ano não se resume a quatro meses, nos outros doze, sim doze porque em simultâneo com os estudos nos meses já falados correu também muita tinta, houve tantos pequenos e ínfimos momentos a recordar que seriam necessárias várias folhas de jornal para os relatar a todos, dai dizer que esta é uma análise genérica aos acontecimentos do ano, porque existem coisas que devem ser guardadas e saboreadas pelas pessoas que viveram tais momentos nas suas memórias sejam elas curtas ou longínquas. Mas a grande viragem e a grande decisão demorou meses a ser pensada, mas a decisão essa foi tomada com base na intuição e no instinto que vamos começando a entender ao longo das quedas e das vezes que nos vamos levantando na Vida, e no décimo oitavo dia do quarto mês de dois mil e quinze dei inicio à operação #RumoaoFuturo que só viria a dar os seus frutos cento e cinquenta dias depois e pelo meio alguns nervos à flor da pele e a incerteza da certeza de um futuro que iria por um ponto final nos cinco anos de história da minha passagem por aquela que é conhecida por muitas denominações, sendo a mais comum delas a “cidade do conhecimento“, não renego um simples segundo de todas a minha passagem por aquela cidade onde estudei nas duas instituições de ensino superior público sediadas naquela cidade, mas com uma certeza absoluta posso afirmar que arrependimentos por aquilo que fiz não existem, orgulho-me de ter sido uma pessoa sempre fiel aos meus princípios pessoais, de honra e lealdade tanto para com as pessoas como para com as instituições, mas a recompensa por ser tão leal e por tanto fazer para elevar estas instituições foi nunca ter tido o devido reconhecimento que me era devido, e de reconhecimento expresso um simples “obrigado” nem isso foram capazes de dizer, mas enfim a mentalidade tacanha da “aldeia” é difícil de mudar quando as pessoas assim não o querem, por isso afirmo com a certeza convicta que não me arrependo de nada do que fiz ou disse. Os princípios e as normas de boa educação nunca ficam mal a ninguém. Mas quanto a estas situações já muito escrevi ao longo do ano, já dirigi as missivas para o sitio onde elas devem ser remetidas e aos órgão de superior competência administrativa, mas o melhor mesmo é relembrar aquele dito popular que versa assim
“Quem ri por último ri melhor …“
por isso, e tal como já o estou farto de dizer, sou uma pessoa que não sou vingativa, e por isso perdoo facilmente, mas por contrário sou uma pessoa que não me esqueço daquilo que fazem ou fizeram, porque se esquecer estarei a perder um traço da minha identidade, em aprender com os erros que a Vida me coloca pela frente e não só aprendemos com os nossos próprios erros, mas também podemos aprender com os erros dos outros. No entanto e no meio da minha vida académica dos estudos por esse tal cidade no centro desta bela nação chamada Portugal ainda tive tempo para pertencer em diversos cargos da Associação Académica de Coimbra, e por falar em AAC porquê não dispensar-lhe algumas palavras sobre esta casa que está tão enraizada naquela cidade, bem fiz parte de uma equipa que começou o mandato antes mesmo de ele ser oficial porque quem lá estava abandonou o “barco”, fizemos feitos que estavam na agenda e outros que não estavam, mas arrancar para voos mais altos foi impossível porque a mentalidade que se vive em Coimbra, infelizmente não dá para desenvolver muito mais, excepção à regra é aquele que consegue desenvolver algo naquela casa em prol do lema “dar mais pelos estudante e colegas em prol dos estudantes” afinal as eleições na minha ótica são isso mesmo defender os interesses dos estudantes da Universidade de Coimbra e não só, porque na minha óptica sendo a AAC a maior associação académica daquela cidade não se poderá dirimir de responsabilidades para com os outros estudantes que frequentam aquela cidade, mas lá está esta é a minha pessoal e altruística visão que não é nada disto que se passa. Talvez a associação académica se tenha tornado inevitavelmente numa plataforma comercial e de negócio. Mas por falar em eleições neste último ano e mais qualquer coisa fiz parte das três últimas comissões eleitorais, duas vezes enquanto Delegado do Presidente e na última eleição para os corpos gerentes enquanto Presidente da Comissão Eleitoral, mas aqui importa fazer um pequeno intróito sobre o que é este órgão, este é o órgão que coordena desde a criação dos formulários de candidatura até à emissão da acta de apuramento final dos resultados e pelo meio deverá assegurar uma campanha justa e isenta de problemas, mas enfim o que é que pode fazer este órgão se lhe atarem as pernas e as mãos, nada, já para não falar que pertencer a este órgão significar ser isento, e ser isento é tudo aquilo que as pessoas não querem, porque é nesta altura que existe a famosa “corrida aos tachos e tachinhos” daí ser difícil arranjar gente para colaborar neste tipo de comissões, não dá direito a almoços nem jantares, não dá direito a copos cheios, não dá direito a receber literalmente nada a não ser noite não dormidas e uma carga de chatices em cima, no entanto aceitei o desafio ao cargo para o qual fui convidado e primei no máximo dos meus possíveis pela isenção dos valores que devem ser mantidos por esta comissão. No meio de tanta confusão o elo mais fraco de todas as pessoas que participam no acto eleitoral é sem sombra de dúvidas o Presidente da Comissão porque mesmo que não haja motivo para falatório arranja-se sempre um mínimo pretexto para que tal aconteça, e este ano o motivo foi a t-shirt que fiz questão de envergar durante todo o acto eleitoral, mas para que mais uma vez conste claro, ao contrário de algumas das mais diversas peças de vestuário que são envergadas pelos responsáveis dos mais diferentes órgãos da academia a minha camisola foi paga integralmente com o dinheiro saído directamente dos meus bolsos e quanto a esse facto que não se lancem confusões. Mas enfim, e no final tenho que mais uma vez deixar aqui exposto o meu orgulho e a gratidão pela dedicação das mais diversas pessoas que colaboraram directamente comigo e neste sentido falo da minha equipa, dos mais diversos delegado de Supervisão e Coordenação assim bem como aos restantes que participaram nesta equipa pequena para tantos problemas sem nexo. Tudo isto faz parte de uma história da qual me orgulho de ter vivido e não me arrependo mais uma vez daquilo que fiz em prol da casa, porque se o fiz foi em prol sempre do bom nome e para honrar o nome Associação Académica de Coimbra, nesta casa onde ganhei muitas pessoas que se diziam minhas amigas, mas no final quando as coisas não correram como elas criam decidiram apunhalar as costas e deixar de falar, mas apenas um pequeno parêntesis, se o fizeram é porque realmente eram pessoas interesseiras e que de amigos têm pouco e nesse caso eu até agradeço que se afastem, por isso, obrigado por me terem deixado de falar e terem bloqueado as respectivas ligações de facebook e demais redes sociais, porque assim pouparam-me o trabalho de fazer eu tal coisa.
Outro dos momentos altos do ano foi a coberturas das duas provas mais importante do calendário de ciclismo de estrada português, foi a minha quarta vez na cobertura extensiva do Troféu Joaquim Agostinho e a minha primeira vez na cobertura da Volta a Portugal, tendo esta última sido o momento alto do ano, uma vez que percorri parte do norte do país com a caravana ciclista onde tive a oportunidade de ver com os meus próprios olhos aquilo que é vibrar com o ciclismo, ver as multidões à espera dos corredores para os apoiarem e darem força e ânimo àqueles homens que durante horas pedalam nas suas “cabras” onde nas quedas importa mais saber do estado da viatura do que deles próprios. Para não falar de toda uma operação de bastidores onde o clima é sem dúvida algo de grandioso e com um espirito de cooperação não perceptível pelo grande publico.
No final deste ano o que importa mesmo é reter um principio basilar, nunca as pessoas deverão desperdiçar as segundas oportunidades que a Vida essa lhes dá, porque o caminho pela Vida é feito com o esforço ,a dedicação, a perseverança e o sonho do homem porque já Fernando Pessoa dizia:
“Deus quer, o Homem sonha e a Obra nasce”
e o sonho do Homem é o que de facto faz com que o Homem siga em frente nas mais diversas ocasiões, sejam elas boas ou más.
Quanto a mim resta-me dizer apenas e só mais umas simples palavras, o ano que agora termina e que amanhã começa, será a continuação das segundas oportunidades que foram começadas neste, mas os valores e as obras criadas no passado essas continuarão a coincidir com o presente, porque o factor segunda oportunidade nas nossas Vidas não quer dizer que tenhamos que deixar tudo para trás, quer dizer sim que vamos ter que ter mais trabalho em manter determinados aspectos da Vida que tínhamos na primeira hipótese.
Por isso se tens um sonho, não estará na hora de começar a polo em prática? Talvez este seja o ano para começar algo novo fruto de um sonho, o que me dizes a esta ideia?
Feliz Ano Novo e que seja um ano próspero de segundas oportunidades para todos, como este foi para mim.