A resposta à pergunta do passado …

Hoje, mais que nos outros dias, porque este é apenas um dia, um dia simples, um dia onde o Sol já amanheceu e também já se escondeu, para mim um simples dia, mas quantos destes dias conseguem ser especiais? Mas quantos destes dias não têm histórias para contar? Mas quantos destes dias não têm sentimentos agregados a eles? Serão todos os dias especiais? Por mais insignificante que seja a Vida, todos os dias têm o seu momento especial, quanto mais não seja aquele “Bom Dia” ou aquela “Boa Tarde” que nos é capaz de expressar um sorriso, não precisam ser horas de especialidade e de extraordinariedades, por vezes basta aquele segundo, aquele ínfimo segundo tão insignificante nas vinte e quatro horas que todos os dias têm. Já para não falar que na Vida, talvez tudo tenha um propósito, talvez tudo tenha aquela brilho que só nós próprios conseguimos ver na cegueira da sociedade, Hoje o Homem vive cego em tudo o que faz e em tudo o que sente, os valores estão cada vez mais caducos, e tudo isto porquê? Por um simples facto, porque nos conformamos a Viver como vivemos, já não queremos ter trabalho com nada, inclusive connosco próprios, valores como o Altruísmo já só aparecem no dicionário, mas, no entanto, apregoamos aos oito ventos que a sociedade tem que se humanizar, mas o que é isto do humanismo.
Uma vez em tempos não muito distantes, tal como Hoje para me lembrar que sou Homem, um cidadão da “civitas”, faço para mim próprio a pergunta:

Porque me tratas bem ?

ou

“Porque me tratas bem e me acompanhas nos mais diversos momentos ?

E, cada vez mais, a resposta a esta pergunta tem se vindo a densificar e a tornar-se cada vez mais complexa na forma a como a respondo, até porque, eu, nunca poderei responder verdadeiramente a ela, terão que ser as pessoas que fazem as “apostas” na pessoa que eu sou, nas minhas qualidades e nos meus defeitos, na minha postura de ser e de estar, no modo antiquado e clássico, na gíria da moda um modo “vintage“, como trato muitos temas e muitas matérias do dia-a-dia e na Vida, e quem faz essa “aposta” e decide ficar, colhe sempre os frutos que semeou, no entanto o tempo das culturas e das farturas é variável consoante a fertilidade natural das terras onde é semeada. O verdadeiro valor dos sentimentos vê-se e aprecia-se com o tempo há medida que ele vai passando, tal como num qualquer processo de maturação vinicula, o passar dos anos vai fazendo com que se perceba a dimensão da coisa, a profundidade e a lealdade, e aqui são poucos os que conseguem chegar. Para chegar ao estado pleno da Vida é preciso passar pela morte, só a morte um dia nos trará a plenitude da Vida, na generalidade da maioria dos casos, para não mencionar a palavra sempre, a morte trás a Bravura, trás a Arte e o Engenho do génio, trás a bondade e o reconhecimento daquele que já partira para debaixo de terra, enfim é uma visão simplista mas real da morte, a morte que inevitavelmente passará por todos nós, chegando sem aviso prévio e sem preparação possível, excepto pelo papel que poderá guardar as nossas memórias por muito mais décadas em diante.

A plenitude da lealdade e da confiança já mais se poderá expressar por palavras, expressar-se-á sempre pelos sentimentos que somos capazes de reconhecer no outro, naquele que é nosso par e que está por diante de nós, aquele par que pela escrita, pela voz ou por um simples olhar conseguirá perceber aquilo que reside dentro de nós, qual é o nosso estado de alma, qual é o nosso nível de auto-estima, qual é a nossa capacidade de mentir a esse mesmo par, e será sempre essa mesma pessoa que na plenitude perceberá sempre quando estamos a mentir, seja por que meio for, seja ela a maneira de comunicar que se use. Será ou serão essas mesmas pessoas com que conseguimos ter conversas mudas, são esses mesmos sujeitos com quem conseguimos fazer figuras parvas, por olhar os rostos e os olhos e desmanchar-mo-nos a rir por saber aquilo que ambos estamos a pensar. E serão estas as pessoas por quem cometerei as loucuras saudáveis que tantas vez já fiz, são estas as pessoas cujo os telefones conseguem receber mensagens do tamanho de jornais completos, pequenos livros encaixados num bloco de textos, são estas as pessoas que passe uma hora ou passem anos, no momento em que estamos juntos ou o telefone toca, parece que passaram instantes desde essa última vez. São estas as pessoas com quem por vezes nos zangamos, mas passado cinco minutos tudo volta ao normal, são estas as relações que as namoradas, ou até mesmo, as mulheres já mais conseguirão quebrar, porque, porque sim, apenas porque sim. São estas as pessoas que depois de passarem connosco determinados aspectos da Vida já provaram tudo aquilo que tinham a provar. É as este pequeno grupo de pessoas que tenho orgulho em dizer e chamar estes são os meus Amigos, aqueles que mesmo que cai um meteorito sei que estarão cá e eles saberão com uma certeza absoluta que eu estarei lá, aquelas pessoas onde a palavra obrigado não entra no discurso, porque mais importante que uma simples palavra, é o conforto daqueles simples, mas caloroso e sinceros, abraços que marcam sempre os re-encontros mas também marcam sempre as despedidas, aquele momento que muitos guardam para as lágrimas de crocodilo, nós guardamos para aquele abraço e para aparvalhar um pouco e acabar sempre com um sorriso na cara. Estas são aquelas pessoa que são maiores que eu, são as trincheiras que eu mantenho escondidas mas amostra de toda a gente e de todo o povo.
Já me chegaram a perguntar se gostaria de ser rico ou milionário, e a resposta genuína a esta pergunta é e será sempre:

Para quê ser rico sem a substância ou sem objectivos ou sem os pilares mestres da Vida? O dinheiro não compra a felicidade, no entanto pode ajudar a concretizar a felicidade falaciosa, já mais será uma verdadeira e genuína felicidade. Para isso, dispenso ser rico, até porque, haverão poucas pessoas tão afortunadas no Mundo como eu sou, só por isto já me considero um verdadeiro milionário num mundo Hoje tão pobre.

Por isso no meio de tanta linha já escrita, só tenho mais uma coisa a dizer o melhor do mundo é aquilo que não se vê ao olhos de todos, mas essencialmente o melhor mesmo é aquilo que se sente.

Estás há espera de quê para começares a ser rico?