Hoje, e por hoje ser um dia um tanto ou quanto especial, achei que deveria publicar aqui neste espaço este texto singular, de contexto e identidade singular, e cujo a apreciação deixo ao critério de cada um, pois, que eu me recorde, vivo num país Democrático onde todos têm direito ao uso da palavra, como bem o entenderem, e eu hoje, tal como sempre o fiz até aqui, fá-lo-ei no estado da minha arte, não escrevendo para as massas, mas sim escrevendo para as pessoas, para as pessoas que me acompanham, a elas lhes dedico esta ode.
Porque faço Hoje a interrogação de “Porque tenho orgulho em ser como sou?”
Todos os anos por esta altura dedico sempre um pouco de tempo a escrever sobre o que é a Vida e como realmente vejo a Vida, tanto nos pretéritos como nos futuros; mas são textos que nunca vêm a luz do dia, e cujo os mesmo ficam guardados nas máquinas do tempo, que os transportarão até ao futuro de uma forma automática e autonomamente; no entanto este ano decidi que devia partilhar a minha visão da Vida com o mundo, sendo esta uma excepção há regra.
Durante o decorrer das Férias decidi não só por a cabeça em ordem, como também reflectir sobre tudo aquilo que foram os pretéritos do último ano, e no fundo o ano foi recheado de coisas boas, com algumas coisas menos boas, mas a Vida nem sempre é um Mar de Rosas.
Neste mesmo período que estive um pouco isolado do Mundo e apenas em contacto com os sons da Natureza, tive a sensação de que até mesmo longe da cidade, aqui no campo onde nada se passa, ouve-se o ruído do movimento da cidade, e esse ruído está em todos os lugares e em todos os momentos, é um ruído que demonstra e se faz notar quando estamos isolados do Mundo, e por momentos, quando olhamos para o relógio para ver as horas e num ápice o tempo passou, pode ter passado depressa, mas teve um sentimento especial a ele agregado, não foi uma coisa em vão sem um qualquer sentimento; pode ter sido um breve, brevíssimo, momento da Vida, mas está recheado e guardado, não numa película de filme ou num qualquer suporte digital, está gravado nos neurónios até eles se degradarem, porque por mais que um fotografo queira pôr o momento da captação daquela chapa no filme já mais o conseguirá, é tal como a história da raposa. Passaram-se mais de cinco anos desde esse dia, mas num destes momentos de reflexão decidi ficar ali deitado mais de duas horas à espera que, a Raposa saísse da toca para alimentar as suas crias, e no instante em que por breves momentos baixei a máquina, que estava pronta a disparar balas de memória, a mesma raposa decidiu sair da toca, ou seja, podes esperar até muito tempo por algo que queres muito, mas, no final, as coisas podem passar tão depressa que já mais as poderás gravar,ali não percebi a essência do que me tinha ali acontecido, naquele particular dia; mas meses depois a quando de uma reflexão de memória percebi que, aquele tão simples momento da minha Vida conseguia resumir, uma data de histórias e de pessoas que passaram na minha Vida. As coisas podem ser longas ou curtas, mas o que interessa é que sejam bem experiênciadas e bem vividas, com uma intensidade certa, para não deixar morrer as coisas sem um qualquer sentido.
A Geopolítica dos sentidos
Cada vez mais vivemos numa ignóbil sociedade onde os valores morais e sociais são cada vez mais uma miragem ou uma artimanha do politicamente correcto; pela frente tudo é belo e tem o seu encanto natural, no entanto mal efectuámos um direita ou esquerda volver começam os zum-zuns, onde a crítica essa é tudo menos construtiva, chegando mesmo a roçar os limites legais da infâmia e da difamação em praça pública. Se formos para o campo da tolerância, todos, na moda do politicamente correcto, tolera-mo-nos uns aos outros, mas no nosso íntimo sabemos que isso não é verdade, nem condiz com aquilo que realmente sentimos, porque muitas das vezes, existem almas que só nos querem, e a agora desculpem-me mas não vou ser politicamente correcto, literalmente “foder” a Vida, mas já mais poderemos desconsiderar este impulso, que é tão natural quanto natural é o Homem.
Neste sentido é inconclusivo se existe ou não existe uma tipificação do politicamente correcto, pois tudo poderá ferir o outro de uma maneira ou de outra, a Liberdade é uma coisa intangível e incomensurável, com a qual o Homem não sabe viver, pois tudo acaba por ser demasiado complexo ou demasiado confuso, e não é uma questão do querer é uma questão do ser.
Quando Mundo nos cai nas mãos e petrificamos
Todos os Homens são seres animais, logo independentemente do género todos sorrimos, mas também todos choramos, pode parecer que não, mais sim é uma realidade do Homem, afecta há sua própria personalidade. E por vezes, quando as ligações que entre-ligam esses tais Homens são verdadeiras e de verdadeiro afecto, podemos ter o nexo de causalidade de fazerem com que, nem que seja por breves instantes, todo o mundo desabe, todos os pilares sejam dinamitados e aí sim, vemos que não estamos preparados para tudo o que nos possa acontecer, nada nem ninguém poderá dizer que tem uma coisa dada como garantida na Vida, porque se há coisa que eu aprendi ao longo dos últimos anos, é que nada está garantido na Vida, e a melhor forma de conviver com isto e interiorizando esta máxima da razão e da consciência e não dos sentimentos. Por vezes, podemos até estar no auge das nossas Vidas e da nossa felicidade, mas existe sempre algo mais que parece que fica para trás, os tempos e os sinais da mudança que teimam em não existir, ou que quando existem, fazem com que vejamos a Vida, essa com outros olhos de ver. Tomo como referencial para a minha Vida, os últimos seis anos que passaram, todas as marcas que por aí passaram nessa recta que é a história; no meio de tantas encruzilhadas, muitas foram as gentes que se perderam, muitas foram as pessoas que se estamparam contra as paredes, no entanto, os verdadeiros, os que ficam para a Vida, esses passados todos estes anos, e depois de tantas coisas que já se passaram, esse continuam cá, presentes dia após dia. A Vida ensinou-me que para se ver quem realmente são, basta juntar dois factores no mesmo cocktail a distância e o tempo, o resultado da equação ditará se o fim é infinitamente positivo, ou se “quando chegaste vinhas sem nada, e eu nada tinhas; mas quando partis-te levaste algo de mim para a Vida e deixas-te algo teu na minha “, não havendo lugar para o caos do zero nesta expressão aritmética, de simples elaboração, mas de tão quão complexa interpretação; porque todo e qualquer vazio deixa a sua pergunta do “porquê“, mas tudo isto faz parte daquilo a que se chama a Vida.
Quando um sorriso vem de onde menos se espera
Depois de corrida muita tinta nos fólios virgens, por vezes é complicado esquecer-se tudo o que se viveu e se passou na Vida, para esperar um sorriso de onde menos é espectável. Este foi também o ano de um carrossel de emoções positivas, das pessoas novas que conheci e às quais me dei a conhecer sem barreiras e sem fronteiras, apenas tomei por base a primazia da lealdade e da veracidade de tudo aquilo que sou. E é aqui nestes pequenos encontros que a Bonança por vezes aparece e nos trás alguns sorrisos. São as Graças que nos trazem por vezes um sorriso num dia cinzento; são as banais conversas que nos trazem a réstia de esperança que, tinha-mos dado como perdida faz tempos. É tudo isto que nos trás alguma cor à Vida, no meio do tanto ruído das cidades.
Em súmula Porque tenho orgulho em ser como sou?
Hoje tenho orgulho de ser quem sou porque no fundo as pessoas que realmente me conhecem, sabem quem eu verdadeiramente sou, dá trabalho ser-se verdadeiro e leal nesta incrédula sociedade, não o nego sim, efectivamente dá trabalho; dá chatices e arrelios ser-se honesto e franco e recto nas coisas quando as fazemos, sim é uma verdade, etc etc … Mas nos meio de tudo isto está a verdadeira do homem por detrás deste simples espaço de comentário e de uma escrita informal que não é abrangente a todo o público, porque não escrevo coisas só as coisas bonitas, no fundo escrevo aqui tudo o que me vai na alma e neste espaço partilho um pouco de mim e daquilo que sou. Hoje tenho orgulho em ser quem sou? Tenho, porque faz jus à divisa que escolhi para a Vida e dá corpo à alma deste rapaz “Veritas vos liberabit” do latim para o Português “A Verdade vos libertará”, em cumulo com as insígnias escolhidas está feita a honra ao bom nome e ao que na realidade sou, um ser moldável o Q.B. contudo, já mais aceitarei alterar a minha personalidade por algo, pois seria uma desvirtuação da pessoa que sou e, como tal, já mais acontecerá tal facto.
Depois de todas as lutas que tive até hoje, Hoje digo-o sentido Tenho orgulho em ser quem sou e nas pessoas que me acompanham na Vida, nos bons e nos maus momentos. Na felicidade verás as quantidades, nas desgraças as qualidades. já dizia Cícero.
E tu tens orgulho em ser quem és?